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COMO IDENTIFICAR E PREVENIR O TIPO DE CANCRO MAIS COMUNS NAS MULHERES


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 foram identificados, em Portugal, 26.673 novos casos de cancro em mulheres, sendo o cancro da mama, colorretal, do pulmão, da tiroide e do colo do útero os 5 tipos de cancro com maior incidência no sexo feminino, no país. 
Entenda agora um pouco mais sobre os tumores que estão englobados na campanha deste mês:

Cancro de mama
Com uma média de 7 mil novos casos detetados todos os anos em Portugal, este é um dos cancros com maior prevalência no sexo feminino. Apesar de não causar dor nos estádios iniciais, o cancro da mama pode originar alterações físicas visíveis, que não devem ser ignoradas. 
Realizar o autoexame da mama, uma dieta equilibrada, a prática de exercício físico, não fumar e não consumir álcool em excesso, são algumas formas de prevenção.
Em geral, a principal manifestação da doença costuma ser a presença de um nódulo fixo e geralmente indolor. Outros sintomas, porém, devem ser considerados, como: calor, inchaço, vermelhidão ou dor na mama; sensibilidade e alterações no mamilo, e pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
Qualquer alteração física na mama ou mamilo, nódulo, sensibilidade, vermelhidão ou perda de secreções através do mamilo são fatores a ter em conta.

Cancro do ovário
O câncer de ovário é difícil de ser diagnosticado e o mais letal entre os tumores femininos. Na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos, e a maioria das mulheres não apresenta sintomas até a doença estar em estágio avançado. Quando eles se manifestam, os mais comuns são: dor; aumento do volume abdominal, e prisão de ventre.

Fique atento ao histórico familiar e fatores genéticos, porque esses são os principais fatores de risco para o câncer de ovário. Há também relação entre esse tumor e o grau de atividade hormonal feminina, ou seja, mulheres que não tiveram filhos e/ou nunca amamentaram e tiveram menopausa tardia têm mais chances de desenvolver a doença.

Cancro do colo do útero: 
o cancro do colo do útero tem sempre na origem uma infeção pelo Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco. O HPV é considerado o 2.º carcinogéneo que mais gera cancro, estando associado a 5 % dos cancros no geral e a 10 % dos cancros na mulher. A vacinação profilática contra o HPV, a realização de citologias de rotina e a utilização de proteção durante as relações sexuais, são as principais medidas de prevenção deste tipo de cancro.
O cancro de colo de útero acomete principalmente mulheres acima de 25 anos e tem como principal agente o HPV. Por isso, a prevenção está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo vírus.
A vacina contra o HPV é instrumental para prevenir a doença. Ela está disponível na rede pública para meninas e meninos de 9 a 14 anos, e na rede privada. Além de prevenir os fatores de risco é preciso fazer o rastreamento para um diagnóstico precoce da doença. O exame mais indicado é o Papanicolau.

Cancro de endométrio
É um dos tumores ginecológicos mais frequentes que acomete principalmente mulheres na pós-menopausa. Os fatores de risco são: terapia de reposição hormonal somente com estrogênio; ovários policísticos, e não ter tido filhos. 
O sinal mais comum é o sangramento vaginal fora do período menstrual.

Cancro colorretal: 
Só em 2020, 17,4 % dos novos casos de cancro detetados em mulheres correspondiam a este tipo de cancro, sendo um dos mais comuns nas pessoas com idade superior a 50 anos. Garantir o consumo adequado de fibras, reduzir o consumo de carnes vermelhas e processadas e a prática de exercício, são fatores essenciais para prevenir este tipo de cancro.

Cancro do pulmão: 
É o tipo de cancro mais fatal em todo o mundo. Sabe-se que entre 80 % a 90 % dos doentes com cancro do pulmão fumam ou já fumaram em algum momento da sua vida. Os sintomas mais comuns incluem tosse persistente, falta de ar, infeções pulmonares recorrentes, tosse com sangue e dor ao respirar ou ao tossir.
Sendo um tipo de cancro frequentemente diagnosticado já em estádio avançado, o diagnóstico precoce é crucial. Não fumar, evitar o fumo passivo e evitar locais com elevada poluição atmosférica é também importante, assim como a prática regular de exercício físico.

Cancro da tiroide:
é mais comum entre os 25 e os 65 anos e afeta cerca de três vezes mais as mulheres. Sinais de rouquidão inexplicável e persistente e dificuldade na deglutição ou respiração são sinais de alerta. Não expor a garganta a radiação, fazer o autoexame ao pescoço, ter uma alimentação equilibrada e consultar um médico em caso de dores de garganta persistentes, são ações que podem fazer a diferença.

O aumento e envelhecimento populacional e uma maior exposição aos mais variados fatores de risco contribuem para a identificação de dezenas de milhares de novos casos de cancro todos os anos. Pequenos ajustes no estilo de vida e uma maior atenção a alguns sinais de risco e potenciais sintomas podem contribuir de forma decisiva para contrariar esta tendência.




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